3º Ano do Ensino Médio

3º Ano do Ensino Médio

 

QUESTÕES SOBRE A CIÊNCIA NA HISTORIA

 

 

 

 

 

Sensibilização: A ciência é uma das formas pela qual nós, seres humanos, buscamos compreender a realidade que nos cerca. Assim como outras formas de conhecimento, o conhecimento científico também é fruto do seu tempo, ou seja, a ciência passou por diversas mudanças denominadas “revoluções científicas”. Tais revoluções aconteceram todas as vezes que a ciência modificou seus “paradigmas”. As questões propostas a seguir têm como objetivo nos auxiliar a compreender as mudanças sofridas pela ciência ao longo do tempo.

 

 

Questão 01: Qual o sentido histórico da afirmação: “A Filosofia é a mãe de todas as ciências”? 

 

Questão 02: Quais elementos caracterizavam a ciência desenvolvida pelos pré-socráticos? Eles estão presentes também na ciência desenvolvida por Aristóteles?

 

Questão 03: Quais são os elementos que caracterizam a Ciência Moderna, rompendo com o pensamento antigo?

 

Questão 04: Qual foi a revolução promovida por Galileu Galilei no pensamento científico?

 

Questão 05: Recordando os objetivos da ciência (visto no tópico anterior) explique o “enfoque operativo” da Ciência Moderna.

 

Questão 06: Explique o que é um “Paradigma” na ciência.

 

Questão 07: Considerando os diferentes paradigmas, apresente uma classificação para os modelos científicos desde a antiguidade até a ciência pós-moderna.

 

Questão 08: Qual a importância de ciências como a Física e a Química para as mudanças ocorridas na Ciência Moderna?

 

Questão 09: Segundo a classificação atual, explique as diferenças entre as ciências Naturais, Humanas e Sociais?

 

Questão 10: Quais são, de acordo com Edgar Morin, os princípios que fundamentam a Ciência pós-moderna? Explique cada um deles.

 

Indicação:

Assista aos vídeos indicados nos links abaixo, eles te ajudarão a compreender, com mais clareza, o que é a ciência e quais são os avanços científicos mais discutidos atualmemnte, pela comunidade científica.

 

- Vídeo 1:https://www.youtube.com/watch?v=OoD8CkIoVPA  ] vídeo com 10:30 min de duração, apresenta diversos rofissionais que atuam em áreas diferentes, buscam "definir" o que é ciência

-Vídeo 2:https://www.youtube.com/watch?v=6yM6F2pSPOo ] vídeo com 27:00 min de duração, trata de alguns dos avanços mais recentes da ciência, sobretudo das pesquisas genéticas realizadas com "células-tronco"

 

 

Orientações:

*As perguntas deverão estar no caderno, juntamente com as respostas, para apresentação ao professor na  sala de aula (na próxima aula).

** Para responder as questões acima, você poderá consultar diversas fontes, principalmente o livro didático: COTRIM, G. e FERNANDES, M. Fundamentos de Filosofia, 2010. (Páginas 330 a 335)

 

 


 


 


 

 

 

EE DOM ROMEU ALBERTI

ATIVIDADE PARA O 3º COLEGIAL

(1º Bimestre)

 

 

INSTRUÇÕES

 

Queridos alunos do 3º Colegial, Espero que todos sejam bem vindos a esse espaço virtual.

 

Como pode ser o primeiro acesso de alguns de vocês em nosso site, além das boas vindas, quero também fazer alguns esclarecimentos a respeito do funcionamento desse espaço.

Nosso site tem a intenção de ser uma ferramenta colaborativa com o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido em Sala de Aula.

 

 

- esse é um espaço para COLABORAR com as atividades que são desenvolvidas em sala de aula.

 

- em nenhum momento a participação do aluno nas atividades aqui propostas como ENRIQUECIMENTO CURRICULAR irá SUBSTITUIR sua participação em Sala de Aula.

 

- todo o conteúdo do site é de livre acesso a todos os visitantes, contudo, as atividades propostas para cada nível de ensino (Básico ou Superior) serão sempre direcionadas em sala de aula pelo professor.

 

- nos “comentários” será permitido ao visitante expressar livremente sua opinião, desde que seja para o enriquecimento e melhoria desse espaço. Qualquer comentário ofensivo, de qualquer Natureza, a quem quer que seja, será imediatamente DELETADO.

 

- Além do material desenvolvido em sala, sempre procuramos apresentar aqui alguns recursos diversificados, como vídeos, hipertextos e links para outros materiais que consideramos pertinentes aos temas desenvolvidos, portanto, DESEJAMOS QUE VOCÊ UTILIZE O MÁXIMO POSSÍVEL E TAMBÉM, SEMPRE QUE POSSÍVEL, DEIXE SEU COMENTÁRIO E SUAS SUGESTÕES.

 

Abraços e um ano letivo proveitoso para todos!


 


 


 

ÉTICA E MORAL

Os Valores e a Ação Humana

 

Em nossa vida toda, inclusive escolar, ouvimos falar de ètica e de Moral. Muitas vezes, entretanto, esses dois conceitos nos confundem e também se confundem já que em sua definição parecem ser a mesma coisa.
A palavra Ética se origina do grego "ethikós" e designa um certo "jeito de ser" da pessoa, seu comportamento.
A palavra Moral, por sua vez, se origina do grego "mós" ou "more" e designa "costumes", o que em síntese parece ser a mesma coisa que comportamento. entretanto, embora pareçam ser sinônimos, Ética e Moral possuem campos distintos.
A Ética se refere a uma teoria acerca do Bem, ou seja, ela é a disciplina da Filosofia que investiga a Moral. Ela estuda os diversos sistemas morais percebidos na cultura humana e busca estabelecer quais são os fundamentos de tais sistemas. Sempre que se estabelece uma norma na cultura (permissão ou proibição), cabe á Ética estabelecer qual a concepção de Ser humano a que essa norma está relacionada, de modo que seu resultado seja sempre uma teoria acerca do Homem e do Bem.
Segundo o Filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C), o Bem "é a realização, no ser, daquilo para o qual ele foi criado", portanto, corresponde ao nosso conceito de "virtude". O Bem (virtude) do Urso é a força, o Bem do Guepardo é a velocidade, o Bem da Águia é a visão, o Bem do Ser Humano é a Razão e asssim por diante. 
Dessa forma, tudo aquilo que contribui para a realização, no Ser, da sua virtude, do seu Bem, pode ser objeto da Ética. Seria Ètico então, tudo aquilo que contribui para que o Homem seja um Homem melhor, uma pessoa melhor, enfim, tudo aquilo que contribui para o seu Bem.
Sendo o Bem um valor (discutiremos mais adiante esse conceito), a Ética é a teoria que cuida de identificar, nos sistemas morais, se tais realizam ou não realizam esse valor. Portanto, a Ética é uma teoria, e como tal pertence ou é elaborada pelo indivíduo, mas somente pode ser aplicada coletivamente, ou seja, em relação a outro indivíduo.
A Moral, por sua vez, refere-se ao "conjunto de normas que orientam o comportamento do indivíduo". Para melhor compreender esa definição, podemos tomar separadamente seus elementos:
- Conjunto de Normas = refere-se ao conjunto de proibições estabelecidas dentro de um determinado grupo social, ou seja, uma proibição existe sempre na perspectiva da realização de um dado valor considerado como certo, justo, verdadeiro etc. Logo, podemos perceber que os valores são resultados de juízos (avaliações), julgamentos que as pessoas fazem sobre os atos, objetos ou situações. Quando nos deparamos com uma situação qualquer, imediatamente fazemos dela um julgamento, uma avaliação, e a classificamos dentre um conjunto hierárquico de situações que já conhecemos, como adequada, inadequada, certa, errada, justa, injusta etc. Isso implica dizer que os valores já estão implícitos em nós (e não na situação ou nos objetos) e a parir deles é que classificamos os objetos, as situações, as ações ou as pessosas. Nenhum objeto ou situação possui valor em si mesmo, somos nós que atribuímos a eles tais valores. Essa, aliás, é uma das características que nos distingue dos demais seres da natureza, pois, somos os únicos capazes de "valorar" (atribuir valor).
As normas, portanto, buscam fazer com que as pessoas, em determinado grupo, tenham ações que realizem esse ou aquele valor.
Tomemos um exemplo: É uma norma que as pessoas, na sociedade civilizada, andem vestidas (pelo menos com as partes pudentas - onde reside o pudor - cobertas), logo, há uma proibição para a nudez pública. Mesmo na praia, na piscina ou em qualquer outro ambiente semelhante, tais partes do corpo devem sempre estar cobertas. Ao estabelecer tal proibição, qual é o valor que essa norma pretende realizar? Se você pensou no "pudor", você acertou. A Moral enquanto conjunto de normas pretende que o comportamento das pessoas mantenha tais partes do corpo sempre cobertas (ao menos em ambientes públicos) para que exista o pudor. Sendo assim, os grupos humanos vão aprendendo desde a infância tais costumes, de tal modo que essa proibição vai "moldando" sua conduta. Se a criança, ainda na primeira infância, não tem vergonha alguma de estar sem roupa, na medida em que vai se socializando, ela vai internalizando tais costumes, até que adquira esse valor - o pudor - e ele passa a moldar seu cmportamento social, de modo que estar nu, em público, se torne realmente constrangedor para qualquer pessoa adulta.
- Comportamento do indivíduo = é a parte observável de nossa personalidade, é aquilo que externamos do que realmente somos. Nossa personalidade refere-se ao que somos, ao passo que o comportamento refer-se ao que nós fazemos, como nós agimos. Nem é preciso dizer que nossas ações são orientadas, então, pelos valores que possuímos, ou seja, por aquilo que já foi responsável, como vimos, pela criação do conjunto de normas.
Sendo assim, podemos afirmar o seguinte esquema:
Etica e Moral
Isso implica dizer que há, em nossas ações, uma intencionalidade, ou seja, uma intenção, uma motivação que antecede a ação, que anteced o comportamento, e é exatamente nessa intencionalidade que pode residir a realização ou não da Ética.
Já a Moral, se realiza na ação (e não na intencionalidade), ou seja, somente pode ser avaliado como Moral ou Imoral o ato, não a intenção. Isso porque a Moral, enquanto conjunto de normas, é definida pelo grupo - não pelo indivíduo - ou seja, é o grupo ao qual pertencemos que determina o que é e o que não é Moral, isto é, o que é permitido e o que é proibido ao indivíduo.
Logicamente, participar ou não do grupo é uma decisão que pode ser tomada pelo indivíduo. Se concorda com a Moral seguida por aquele grupo, sente-se atarído por ele, mas caso discorde da Moral daquele grupo, sentirá, ao contrário, o desejo de não fazer parte dele. Isso nos leva a deduzir, ainda, que uma vez no grupo, como membro do grupo, a moral tem caráter imperativo, isto é, se aplica a todos os membros do grupo.
Há entretanto, a necessidade de que façamos uma distinção:
- Moral constituída: refere-se ao conjunto de normas já estabelecido no grupo, imperativo, vivenciado pelos seus membros, quer eles concordem ou discordem delas.
- Moral constituinte: refere-se ao espaço de em que as normas são discutidas, debatidas, questionadas e até mesmo "modificadas" dentro do grupo. Isto é, quando não há concordância ou aceitação total das normas morais, as mesmas podem ser modificadas, desde que haja consenso para tal.
A Moral, portanto, está inserida dentro da cultura, ou seja, refere-se aos valores estabelecidos por um determinado grupo, e podem ser diferentes em outro grupo. Isso nos permite dizer que a Moral é cultural, logo, somente tem sentido de ser dentro de uma certa cultura.
A Moral, ainda, é histórica, ou seja, ela pode modificar-se na medida em que o tempo evolui. Nossa geração assistiu, maravilhada, a revolução dos costumes femininos nas últimas décadas. Hoje, qualquer pessoa, inclusive adolescente, pode dirigir-se até um posto de saúde para pegar "gratuitamente" um lote de preservativos ou pílulas anticoncepcionais.  Há algumas décadas, a mulher que fizesse uso regular de pílulas anticoncepcionais seria fortemente questionada - quando não proibida - porque acreditava-se que o uso de tal medicamento tinha a intenção declarada de incentivar a infidelidade matrimonial. Isso demosntra que a Moral somente pode ser avaliada dentro do seu contexto histórico.
Observe algumas considerações sobre as Normas Morais e as Normas Jurídicas
Esfera da moralEsfera do Direito
 Isso Nos leva a considerar que há semelhanças e diferenças entre as Normas Legais e as Normas Jurídicas, portanto, embora Ética, moral e Direito tenham como finalidade última a boa convivência entre os Seres Humanos, cada uma atua em um campo distinto.
Após a leitura atenta do texto, sugerimos a você também que assista ao vídeo (link abaixo) para auxiliá-lo na realização das atividades porpostas:

https://www.youtube.com/watch?v=KgxIegd7FiU&hd=1

Yves de La Taille: Educação Moral e Formação Ética (Duração 51:54 min)

Atividade 1.1. (1ª Atividade do 1º Bimestre)

1-    Como surgem os valores morais dentro de uma determinada sociedade?

2-    O que quer dizer a expressão: “nenhuma situação ou objeto possui valor em si mesmo”?

3-    Cite pelo menos três (3) fontes para os valores nas sociedades modernas. Justifique sua resposta

4-    Qual é a relação direta entre a Ética e a razão?

5-    De que modo Moral e Comportamento se relacionam?

6-    Qual é, para a filosofia, a origem dos valores?

7-    O que é o BEM segundo Aristóteles? Há outras definições possíveis de Bem? Quais? (indique a fonte das suas respostas, onde pesquisou).

8-    Valores Morais e Valores Religiosos são a mesma coisa? Por quê?

9-    Apresenta, em forma de relatório, uma síntese do vídeo sugerido (Yves de La Taille) sobre formação moral ...

ORIENTAÇÕES

Todas as questões (perguntas e respostas) deverão ser transferidas para o caderno e apresentadas para posterior avaliação do Professor.

Não será necessário “entregar” a atividade ao professor

As atividades deverão ser apresentadas ao professor na próxima aula (semana de 10 a 14 de fevereiro)

Bom Trabalho!

Prof Claudemir


 


 


 

 

AULA 2

 

 

 

Moral e Liberdade

 

Como já vimos anteriormente, uma das condições que diferencia o ser humano dos demais seres é a sua consciência, isto é, o seu conhecimento imediato sobre o mundo e a realidade. É a consciência que permite ao Homem o desenvolvimento do saber e da racionalidade que se empenha em decidir entre o verdadeiro e o falso.

 

A noção de verdadeiro e falso nos permite a percepção do CERTO e do ERRADO, isto quer dizer que “certo e errado” são decisões tomadas pelos indivíduos em cada situação por ele vivenciada. Diante de uma ação ou comportamento, os valores como Certo ou Errado são atribuídos ao comportamento pelo próprio indivíduo. Sempre buscamos fazer aquilo que para nós parece certo, ainda que para a maioria da sociedade pareça errado.

 

Quando nosso juízo sobre certo coincide com o da sociedade, nosso ato é classificado como Moral, quando não, ele é classificado como Imoral. Moralidade e imoralidade, portanto, são determinadas pelo grupo ao qual pertencemos, conforme já vimos na aula 1.

 

Ao dizer que certo e errado são decisões que a pessoa toma diante das situações que ela vivencia, no seu cotidiano, poderíamos nos perguntar: Quais as condições que possuímos para tomar decisões? Em que situações estamos aptos a decidir? E quando não podemos decidir, como explicamos essa interdição?

 

Tais perguntas nos proporcionam condições para refletirmos sobre o que seria, de fato, a liberdade, e ainda, se existe liberdade absoluta, ou se ela somente existe sob determinadas condições...

 

O ato moral pressupõe a liberdade de escolha, ou seja, somente é possível avaliar uma ação como moral ou imoral se ela foi decidida livremente pelo seu agente. Uma ação realizada de forma coercitiva (forçada) não pode ser classificada como Moral, pois não foi escolhida pelo sujeito que a realizou.

 

Sendo assim, compreendemos que a Moral pressupõe a Liberdade, ou seja, sem liberdade para decidir não há moralidade. Então, é necessário que pensemos sobre a Liberdade....ela realmente é possível?

 

O senso comum tende a acreditar que Ser Livre é ser capaz de FAZER tudo o que se tem vontade. Logo, a medida para as ações das pessoas seria sua vontade, seu querer. Essa concepção, entretanto, carece de fundamentação, pois sabemos que nossa vontade não é livre.

 

Se alguém te faz imaginar um limão, descascado, cortado ao meio, com sal escorrendo de suas bordas, normalmente isso te fará salivar (como você deve estar salivando agora, ao ler esse texto), isso implica dizer que nossa vontade pode ser “influenciada” por fatores externos a nós, sem que tenhamos conhecimento disso. Logo, nossa vontade não é totalmente livre.

 

Se a vontade não é livre, mas influenciável, guiar-se pela vontade seria o mesmo que permitir-se ser igualmente influenciado, portanto, não livre também.

 

Se a vontade não pode ser critério para determinar a liberdade, isso quer dizer que não podemos ser livres? De forma alguma. Isso apenas quer dizer que existe liberdade, mas que também existem condições para a liberdade.

 

Alguns pensadores, como o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905–1980) afirmaram que “o homem está condenado a ser livre” uma vez que não há uma essência humana, mas a condição humana, isto é, o homem é livre dentro das condições que se apresentam na sua existência.

 

Outros, entretanto, optaram por valorizar os determinismos, como o filósofo francês Helvetius (1715-1780) que afirmou que “o homem sempre é determinado pelas normas, sejam elas de natureza biológica ou histórico-social”, ou seja, as ações humanas seriam sempre determinadas por fatores naturais (fome, sono, sede, necessidade de pertença etc.) ou constrangimentos sociais (crime, punição etc.).

 

Há também os filósofos que pretenderam estabelecer uma relação dialética entre Liberdade e Determinismo, fazendo-nos pensar que não é possível uma liberdade absoluta, nem o determinismo absoluto, mas uma relação dialética entre ambos, na qual seja possível considerar a possibilidade de liberdade – apesar – dos determinismos. Ser livre, portanto, segundo essa concepção, é ser capaz de RESPONDER pelos seus atos apesar das condições em que eles se dão, apesar dos condicionamentos históricos e sociais ou biológicos.

 

 

 

Atividade 1.2 (2ª atividade do 1º bimestre)

 

 

 

Após ler atentamente o texto, assista aos vídeos abaixo e responda as questões:

 

 

 

Vídeo 01

 

https://www.youtube.com/watch?v=PsOSN0GMQpU&hd=1

 

Filosofia: a Liberdade. Paulo Ghiraldelli Jr (10:58min)

 

 

 

Vídeo 02

 

https://www.youtube.com/watch?v=UV0NE6hkJp4&hd=1

 

Liberdade em J.P Sartre (3:54min)

 

 

 

 

 

  1. 1.  Estabeleça uma relação entre o vídeo 01 e o vídeo 02, apontando o que é Liberdade em cada um deles.
  2. 2.  Estabeleça uma relação conceitual entre Comportamento e Moral
  3. 3.  Considerando que a Moral é o conjunto de Normas que orientam a conduta do indivíduo, e as normas podem ser impostas, explique se há possibilidade de uma “Liberdade Moral”.
  4. 4.  Assistir a uma cena erótica na tv, em horário nobre, deve ser considerado como um Ato Imoral? Justifique sua resposta.
  5. 5.  Qual a relação entre Conflito Moral e “Moral Constituinte”?
  6. 6.  De forma sintética, explique a teoria sobre Moral e Liberdade que você considera a mais correta. Apresente seus argumentos.

 

 

 

 




 

 

A U L A  3

 

ÉTICA NA HISTÓRIA

 

Apresentação.

 

Olá! Essa unidade tem como objetivo apresentar a você as principais teorias (modelos) de ética que foram desenvolvidos pela filosofia ao longo da história. Isso não significa, contudo, que são teorias antigas e ultrapassadas, ao contrário, são teorias e concepções de ética que ainda são presentes no mundo atual, por isso, compreendê-las dará a você condições de examinar as diversas éticas existentes no seu cotidiano.

 

ÉTICA NA ANTIGUIDADE GREGA

 

Ética racionalista

 

As investigações sobre o que é certo ou errado, sobre o que é Bem ou Mal sempre existiram, mas foi na Grécia antiga que elas começaram a ser sistematizadas como teorias. Vejamos as principais teorias antigas sobre a ética:

 

Os Sofistas:

 

Os Sofistas o nome dado a um grupo de filósofos que se dedicaram ao “ensino” prático da Filosofia. Eles se autodenominavam “Sábios”, e ensinavam em praça pública. Pelo fato de cobrarem pelo ensino, foram duramente criticados por Sócrates, que não os considerava como filósofos no sentido mais estrito do termo. Os Sofistas desenvolveram uma ética subjetivista (Relativismo) porque não acreditavam na existência de uma verdade universal. Para eles a verdade estava no próprio homem que a julgava de acordo com a situação. “O Homem é a medida de todas as coisas”, afirmava Protágoras.

 

Sócrates:

 

Ao contrário dos Sofistas, Sócrates afirmava que o Homem possuía uma essência, e que essa essência era a Razão. A Alma racional, para Sócrates era o fundamento da Ética, ou seja, ele afirmava que todos os homens possuíam a Alma (o Bem) dentro de si, mas precisavam de auxílio para que conhecessem tal bem. Uma vez que o conheciam, agiriam bem naturalmente. Se o Homem conhecesse o Bem, agiria bem, se ele age mal é por ignorância do Bem. Portanto, para Sócrates, o autoconhecimento é o caminho para a realização de uma conduta Ética. Sócrates tinha como fundamento da sua Filosofia o oráculo (inscrição que ficava na entrada do templo) de Delfos (um dos deuses gregos): “Conhece-te a ti mesmo”. Esse oráculo indicava que era preciso uma atitude reflexiva (pensar dentro de si mesmo) para se atingir a conduta ética, a boa vida.

 

Platão:

 

Para Platão, o homem possuía duas partes: a Alma e o Corpo. A Alma era a sede da razão, portanto, do Bem, pois oriunda do “mundo das ideias” ela já conhecia a Verdade, o Bem, a Justiça etc. Mas ao encarnar-se no corpo, o corpo é limitado e por isso a Alma precisa “esquecer” o conhecimento que possuía, pois o corpo limitado do homem não o suportaria. Contudo, uma vez que estava presa ao corpo (enquanto o homem estivesse vivo), a Alma ia recordando os conhecimentos que já tinha em virtude das experiências que o corpo ia vivendo. Para Platão, então, conhecer era nada mais que “relembrar”. Do ponto de vista da Ética, da realização do Bem, que era a ideia mais suprema que existia, o homem precisava de uma atividade reflexiva, ascética (de crescimento interior) para purificar a Alma das vontades do corpo, e com isso atinge, novamente, o mundo das ideias de onde ela surgiu. Para realizar a ética, então, seria necessário uma “purificação da alma”, ou seja, sua libertação das vontades do corpo. Notem que Platão tem uma visão bastante negativa do corpo. Para ela o corpo era a sede dos desejos e das paixões, portanto, uma “prisão” para a Alma. Platão afirmava ainda que sozinho o homem não conseguiria atingir a ideia de Bem, era preciso, para isso, que ele estivesse inserido na Polis (cidade estado) como cidadão. O Homem bom, para Platão, era o bom cidadão.

 

Uma ética não racionalista:

 

Observe que tanto para os Sofistas, quanto para Sócrates e também para Platão, a ética depende da razão humana para se realizar, e está fundamentada nessa mesma razão, isto é, na capacidade humana de reflexão. Entretanto, com o fim do período clássico helenista, a Polis sofre alguns abalos do ponto de vista ideológico e deixa de ser a condição para realização humana. As reflexões agora passam a ser mais individualistas, como podemos ver, por exemplo, no Estoicismo.

 

Os Estoicos:

 

Os Estoicos desenvolveram uma filosofia desvinculada do conceito de cidadania, ou seja, não mais coletiva mais individualista. Abandonam também o racionalismo e apostam no subjetivismo como fonte da Ética. Eles afirmavam que a Ética (o Bem) era o estado de “Ataraxia”, que eles identificavam como o estado de imperturbabilidade da alma. Isto é, para os estoicos, a dor, os desejos e tudo aquilo que provém das sensações devem ser deixados em segundo plano, pois, o que se deve buscar é a “apatheia” (apatia). Isso significa dizer que o Bem se realiza somente a partir do momento em que o homem consegue não se abalar, não se perturbar com tais preocupações, ou seja, quando ele atingir esse estagio de desenvolvimento, ele atingiu a ataraxia, então atingiu o Bem.

 

Epicuro

 

Assim como os estoicos, os epicuristas (corrente filosófica criada por Epicuro), o estado de ataraxia seria conseguido pelo prazer, mas não qualquer prazer, segundo eles, o prazer autêntico. O Prazer somente era considerado como ético se fosse duradouro, ou seja, somente se trouxesse ao homem bens verdadeiramente duradouros. Os prazeres imediatos, que não duravam, teriam que ser evitados, pois eram aparentes e somente trariam um prazer momentâneo, não duradouro, logo, não verdadeiro. O Prazer verdadeiro, então, era o “prazer espiritual” que eles identificavam com o desvio da dor, o autodomínio e a paz de espírito.

 

 

 

Ética do equilíbrio

 

Aristóteles (384 a 322 a.C.) também desenvolveu uma ética racionalista, contudo, desvinculou-se dos modelos dualistas de Platão e Sócrates. Aristóteles se pergunta sobre o fim último do ser humano, ou seja, o ser humano foi criado para quê? Para ser Feliz, responde ele, logo, se o Bem era a realização no Ser daquilo para o qual foi criado, então, tendo sido criado para a Felicidade, o Bem – e a ética – somente poderia ser a Felicidade humana. Aristóteles então pensou no equilíbrio das virtudes humanas como a condição para que o Bem acontecesse, ou seja, para ele, o equilíbrio era a virtude e o excesso da virtude ou carência da virtude seriam os vícios. Para a realização da ética, então, do Bem, era necessário buscar o equilíbrio, e esse somente era possível pela razão. Para Aristóteles, ainda, somente alguns homens conseguiriam atingir o Bem (a felicidade) pela via teorética (da reflexão), mas o homem comum poderia atingi-la pela prática cotidiana do hábito. Aristóteles ainda concebia um vínculo necessário entre a Ética (bem individual) e a Política (bem coletivo) de tal modo que pensou na ética como um ramo da Política. Vejamos abaixo uma tabela das virtudes, conforme elaborada por Aristóteles, onde temos a carência, a virtude no centro (= equilíbrio) e o excesso:

 tabela de virtudes 

 

Na primeira coluna, como podemos observar, encontram-se as áreas em que atuam cada uma das virtudes em nosso cotidiano. na última coluna estão as virtudes, e no centro da tabela encontramos os vícios (por excesso e por carência, respectivamente)

 

Atividade 1.3

 

1-Explique porque a ética estoica não pode ser considerada uma ética racionalista? O que seria uma ética racionalista? Dê um exemplo.

 

2- Qual é a diferença entre a Ataraxia e a Apatheia? Como atingí-las?

 

3- Considere que você é o único sobrevimente de um acidente de avião (queda). O que você considera FUNDAMENTAL na sua conduta, ou seja, um princípio do qual você não abriria mão, enquanto estivesse vivendo sozinho aula?

 

 


 

TRABALHO SOBRE ÉTICA

 

 

PARTE I

Nas questões de 1 a 6, assinale a única alternativa correta em cada uma, construa com as respostas um gabarito e justifique cada uma das respostas que você deu a cada uma das questões. É fundamental indicar a fonte pesquisada em cada resposta.

 

 

1-Instituto Federal de Alagoas -  Sobre ética, é possível afirmar que

- a separação entre política e ética promovida por Maquiavel encontra eco no pensamento de Aristóteles.

- na ética da alteridade, o caráter humano de um sujeito não se dissocia da responsabilidade por outrem.

- a ética discursiva está intimamente relacionada com a razão comunicativa e está fundada no diálogo e no consenso entre os sujeitos.

- a ética do dever preconiza uma moral universalista e, por isso, prescinde da liberdade.

 a) Todas estão corretas.
 b) Somente uma está correta.
 c) Somente duas estão corretas.
 d) Somente três estão corretas.
 e) Nenhuma está correta..

 

2-msconcursos - Para Aristóteles, "O homem ético é aquele que consegue ou que possui a justa medida daquilo que deve realizar. Portanto, não pecará nem por excesso, nem por falta". A vida moral é um caminho de realização, de felicidade. Essa ética é chamada também de:

a) Eudemonista.

b) Homoiósos.

c) Andréia.

d) Gnose.

 

3-msconcursos - Por virtudes dianoéticas entendem-se as capacidades de conhecimento possíveis à alma racional. Seriam as virtudes do pensamento, da racionalização, ao passo que as virtudes éticas seriam as virtudes da ação, do controle. Para Aristóteles, a principal virtude dianoética intelectual é a frónesis. A palavra grifada corresponde a:

a) Arte.

b) Coragem.

c) Prudência.

d) Veracidade

 

4-FSADU - A Carta Magna do nosso país (1988) elenca direitos civis, políticos e sociais dos cidadãos, de modo que, dentre os fundamentos do Estado Democrático de Direito, está a cidadania. Com base no texto Constitucional, a educação brasileira, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), propõe uma educação comprometida com a cidadania e elege princípios, segundo os quais, deve-se orientar a educação formal.

Assinale a alternativa que contém esses princípios.

a) Diálogo; confiança; promoção de valores humanos.

b) Pluralidade cultural, convívio social; direitos e deveres.

c) Solidariedade; justiça; coparticipação sociopolítica.

d) Dignidade; igualdade de direitos; participação; corresponsabilidade pela vida     social.

e) Responsabilidade; respeito às diferenças; direito à saúde.

 

5-FSADU -Platão, filósofo grego, em sua obra, República, apresenta o denominado Mito da Caverna com o objetivo de ilustrar a passagem, de um grau de conhecimento (doxa) para outro (episteme), o que exige acentuada mudança de mentalidade das pessoas.

Observe as alternativas abaixo e assinale aquela que evidencia a referida passagem.

a) Nela se resume a concepção a respeito do conhecimento, em que as    pessoas saem do simples âmbito das opiniões e tentam encaminhar-se ao alcance da verdade, jamais alcançada.

b) Corresponde a um processo lento de mudança em que a pessoa se afasta da visão do senso comum e procura alcançar um nível de atitudes pautado no bom senso.

c) Consiste em levar as pessoas da compreensão do mundo concreto, sensível, para atingir o mundo do ser divino.

d) Trata-se de um processo gradativo de libertação que vai tirar das pessoas as correntes da alienação e favorecer o conhecimento sobre a realidade e a Filosofia.

e) Trata-se de um caminho que é percorrido pela razão humana, que sai das sombras e encontra sempre muitos obstáculos para atingir a luz, a realidade mesma.

 

6-Fundação Dom Cintra - O “Eudemonismo” de Aristóteles tem como objetivo fundamental:

a) o dever.

b) a justiça.

c) a verdade.

d) a felicidade.

e) o conhecimento

 

PARTE II

7-Leia atentamente a “Carta da Terra” e em seguida faça o que se pede:

Analisando os princípios propostos no documento, identifique que tipo (modelo) de Ética está presente na “Carta da Terra”? Justifique sua resposta destacando, do texto, os elementos que fundamentam sua resposta.

Esse texto está disponível no seu livro didático: COTRIM, G. e MIRNA, F. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva 2010. (Páginas 303 a 305).

Bom Trabalho!!