Fundamentos e Práticas do Ensino de Historia

Fundamentos e Práticas do Ensino de Historia

 


 

AULA - 1


 


 

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 

História 

História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.

Objetivos 

Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.

Fontes 

O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).

Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).

Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

Ciências auxiliares da História 

A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar:

  • -Antropologia (estuda o fator humano e suas relações),
  • -Paleontologia (estudo dos fósseis),
  • -Heráldica (estudo de brasões e emblemas),
  • -Numismática (estudo das moedas e medalhas),
  • -Psicologia (estudo do comportamento humano),
  • -Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos),
  • -Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.

Periodização da História.

Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:

  • - Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
  • - Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
  • - Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
  • - Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
  • - Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

 

Historiografia.

O termo “historiografia” pode ser utilizado tanto para designar, de modo geral, o registro escrito da história e nesse sentido se confunde com a própria ciência História, mas também, de modo crítico, para designar o estudo do registro da História, ou seja, podemos dizer que a historiografia é o termo que utilizamos para designar a crítica, enquanto análise e problematização da História.

- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.

-Francisco Adolfo Varnhagen é um dos primeiros Historiadores do Brasil, ao escrever em 1850 a primeira “Historia Geral do Brasil” encomendada pela Coroa Portuguesa.

- O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.

 

REFERÊNCIAS

BORGES, Vavy Pacheco. O que é Historia. 17ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos)


 


 

AULA 2

 


 


 

 

 

Francisco Adolfo Varnhagen e a Historiografia do Brasil

 

O termo “historiografia” pode ser utilizado tanto para designar, de modo geral, o registro escrito da história e nesse sentido se confunde com a própria ciência História, mas também, de modo crítico, para designar o estudo do registro da História, ou seja, podemos dizer que a historiografia é o termo que utilizamos para designar a crítica, enquanto análise e problematização da História.

 

Nesse sentido, uma historiografia do Brasil seria uma análise crítica e problematizadora dos registros que constituem o que se denomina, em sentido amplo, uma História Geral do Brasil. È nesse sentido que se insere a necessidade de uma análise sobre o papel de Francisco Adolfo Varnhagen.

 

De acordo com os registros históricos, o Instituto de Historia e Geografia do Brasil (IHGB) foi criado em 21 de outubro de 1838, em assembleia realizada na sede da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), em sessão presidida pelo Marechal Francisco Cordeiro da Silva Torres, o qual nomeou como presidente do IHGB o Visconde de São Leopoldo; 1º Secretário - o cônego Januário da Cunha Barbosa, e 2º Secretário, o dr. Emílio Joaquim da Silva  Maia. (NOVAIS, 2005)

 

Foi somente graças à criação do IHGB que se tornou possível a empreitada de Varnhagen na “invenção” de uma História Geral do Brasil.

 

Segundo ALMEIDA (2006), Varnhagen nasceu em São Paulo em 1816, filho de um alemão residente no Brasil com uma portuguesa. Em 1822[1] sua família mudou-se para Portugal, onde prestou diversos serviços à coroa portuguesa. O próprio Francisco Varnhagen serviu às forças dos Bourbons e Bragança. Isso denota em cores bastante vivas qual será o ponto de vista sob o qual a História será narrada.

 

O IHGB era um órgão financiado pelo Império Português, e dele partiu o convite para que Varnhagen escrevesse a primeira Historia Geral do Brasil, cuja finalidade era contar, a partir dos documentos registrados, tudo o que se havia passado no Brasil desde 1500. Assim, por volta de 1850 é publicada a Historia Geral do Brasil, por Varnhagen, “um dos mais completos elogios da História Brasileira à colonização portuguesa” (ALMEIDA 2006).

 

Do ponto de vista documental, a Historia Geral do Brasil, segundo Varnhagen, apresenta diversas “omissões”, “falsificações”, “deturpações”, “manipulações” e muitos outros fatores que, à luz da historiografia, revela de modo inquestionável a intenção de “inventar” uma História na qual fossem destacadas as virtudes da colonização, da Coroa e do Império, e não os fatos tais como se apresentaram, mesmo à luz dos registros documentais.

 

Para o Brasil, havia a necessidade de um passado que se orgulhasse, de uma identidade que lembrasse a gratidão aos heróis luso-brasileiros, afinal, é sobre as colunas do passado que se constrói o presente e se projeta o futuro.

 

Antes de Varnhagen, o alemão Karl Pillipp von Martius, em 1840, já havia apresentado qual seria o viés dessa História ao ser declarado vencedor de um concurso promovido pelo IHGB. Sobre o trabalho de Martius, afirma Almeida (2006):

 

(...) lançando em seu trabalho os primeiros alicerces do mito da “democracia racial brasileira”, concepção posteriormente reelaborada e desenvolvida em “Casa Grande e Senzala”. (1933) de Gilberto Freyre.

 

Na obra de Varnhagen é clara e explícita a intenção de se realizar um incontido elogio à Europa, do mesmo modo como é explícito também o interesse em ocultar os conflitos, os dramas, os crimes cometidos.

 

Sob a pecha de democracia racial, o que se nota da História Geral do Brasil, de Varnhagen, é a leitura da miscigenação racial como tentativa de “branqueamento geral da população”. A isso somamos a negação de outras etnias, como Negros e Índios, e temos o cenário completo da supremacia branca pintada com as cores de uma suposta democracia.

 

Do ponto de vista político, ainda, Varnhagen se coloca em posição de total acordo com a Independência do Brasil, sobretudo porque ela fora “concedida” pelo monarca português, D. Pedro. Isso indicava, para Varnhagen, que a Independência não deveria ser vista como ruptura, mas ao contrário, como uma forma de estreitar ainda mais os laços com a Coroa Portuguesa, cujo patriotismo conduzia de forma imperiosa à defesa do Brasil contra forças inimigas “estrangeiras”.

 

Evidentemente, não aparecem nos registros de Varnhagen o “genocídio” imposto ás populações indígenas, que segundo ele, foram desaparecendo devido à miscigenação, uma vez que as índias tinham clara preferência pelos homens brancos, “mais limpos, fortes e viris”. Ela ainda reforça, nos relatos geográficos, a mesma visão já apontada por Pero Vaz de Caminha, de Éden, Paraíso etc. a mesma visão que coloca os aborígenes autóctones como seres inferiores aos cultos e civilizados europeus.

 

No melhor estilo “positivista”, Varnhagen inaugura, no Brasil, uma História de “grandes fatos”, “grandes personagens” – sempre lusitanos – e datas importantes. Nesse sentido, não lhe interessam os processos, os relatos, os fatos em si, mas somente o que se “quer” contar dos fatos. Aquilo que é convenientemente registrado.

 

Concluímos assim que a visão historiográfica de Varnhagen é a do colonizador, do vencedor, do partidário do Poder, a quem somente interessa a conquistas. As derrotas, os fracassos, os erros, os crimes, as usurpações, os vícios e toda sorte de malefícios causados, voluntaria ou involuntariamente, não têm espaço nessa História.

 

É certo que o historiador conta a História sempre de um “lugar”, do seu lugar, mas à historiografia não cabe isentar-se de olhar criticamente e denunciar os “outros” lugares... e trazê-los também à luz da História.

Prof. Claudemir Oliveira

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

 

ALMEIDA, Valder. Varnhagen e a “invenção” da história do Brasil. Revista: A Nova Democracia Ano V. nº 31, setembro de 2006. Disponível em  http://www.anovademocracia.com.br/no-31/418-varnhagen-e-a-invencao-da-historia-do-brasil acesso em 16/2/2014

 

 

 

NOVAIS, Fernando A. A independência politica do Brasil. São Paulo: Hucitec. Disponível em http://www.historiadobrasil.net/independencia/ acesso em 26/02/2014.

 

 

 

 

 



[1] 1822 foi o ano em que se deu a Proclamação da Independência do Brasil, retirando o Brasil da situação de Colônia portuguesa. Isso contrariou os interesses de muitos portugueses no Brasil, o que fez com que muitas famílias, após a “independência”, retornassem a Portugal. Também retornaram as famílias que eram muito ligadas á Coroa Portuguesa, e a serviriam em qualquer parte do mundo. Não temos dados suficientes para afirmar em qual das duas situações se enquadra a família de Varnhagen, mas o denominador comum, nesse caso, é a ligação estreita com os interesses portugueses.

 

 




 

AULA 3


 

HISTORIA DO ENSINO DE HISTORIA 

OBJETIVOS DO ENSINO DE HISTORIA

PERFIL DOCENTE DE HISTORIA

 

 

DISCUSSÃO DOS TEXTOS 3, 4 E 5

Elaborada pelas(os) alunas(os) do 3º Semestre de Pedagogia - Uniesp Sertãozinho (turmas A e B)

 

Tema 3: Historia do ensino de Historia

 

No tema “Historia do ensino de Historia” buscamos uma compreensão do desenvolvimento histórico do ensino de história a partir dos registros acerca da presença da História como Componente Curricular da educação básica em diferentes momentos. Salientamos nessa análise o momento em que as disciplinas Historia e Geografia foram suprimidas da Matriz curricular do Ensino oficial, substituídas por Estudos Sociais.

 

  • História e Geografia ou Estudos Sociais: Durante o regime militar, no Brasil (1964 – 1985), houve um recrudescimento do ensino, ou seja, os interesses militares na educação estavam limitados a uma formação superficial da população, sem interesse algum na formação das consciências críticas. Tradicionalmente, o ensino de historia, no Brasil, era direcionado por um viés marxista, isto é, por uma concepção que via a Escola como reprodutora das relações sociais de dominação, o que acarretava, via de regra, numa posicionamento ideológico de contestação. Isso não era, de modo algum, interessante para o Regime Militar. Em 1969 foi criado o curso de licenciatura curta em Estudos Sociais, com duração de três anos. Nesse curso, o professor saía habilitado para lecionar Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica, no ensino primário. Se cursasse mais um ano, receberia habilitação também para lecionar Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e História ou Geografia no ensino secundário. Obviamente que essa medida produziu uma formação superficial dos docentes, que passaram a ter como predominância uma formação factual da história, sem crítica, sem processo. Dessa forma, com a promulgação do AI-5 (Ato Institucional nº5) em 1968 e a LDB 5692 em 1971, as Reformas Educacionais cuidaram de suprimir as disciplinas Historia e Geografia da matriz curricular, o que somente foi corrigido no início da década de 1990, com a promulgação da lei 5.691 de 1991, que promoveu novamente reformas educacionais, dentre elas, a inclusão de Historia e Geografia como disciplinas independentes na matriz curricular do Ensino primário e Secundário. Tal tendência foi ratificada com a promulgação da LDB 9.394 de 1996, que inseriu novamente a discussão de temas sociais nos currículos escolares.
  • Cronologia do Ensino de Historia: Não pretendemos aqui uma cronologia completa do Ensino de Historia, mas tentaremos fazer uma aproximação desde a constituição do 1º Sistema Educacional Brasileiro, com os Jesuítas, assim, iniciamos nossa “cronologia” a partir do Iluminismo, no século XVI.
    • 1549 a 1759 – Educação jesuítica no Brasil, regulada pela Ratio Studiorum;
    • 1834 – Regulamentação por ocasião de criação da Escola Superior;
    • 1837 – Currículo do Colégio D. Pedro, padroniza a Educação Nacional;
    • 1855 – criação das Escolas Elementares
    • Século XX (1930) – Modificações no Sistema Educacional com a Reforma Francisco Campos;
    • 1942 – Reforma Gustavo Capanema promove novas mudanças no currículo escolar;
    • 1945 – Formação tecnológica: as ciências exatas (matemática, química e física) e as ciências Humanas (biologia);
    • 1967- Inovações no campo educacional promovidas pela Ditadura Militar;
    • 1969 – Criação dos cursos de licenciatura curta de Estudos Sociais;
    • 1970 – Mudanças profundas em várias áreas da sociedade, mudanças econômicas, sociais e educacionais; Exclusão da História e Geografia dos currículos, substituídas por Estudos Sociais, Educação Moral e Cívica, no Ensino Primário e Organização Social e Politica do Brasil (OSPB) no ensino secundário;
    • 1971 – Promulgação da LDB 5692/71; Reformas educacionais no ensino primário e ensino secundário;
    • 1988 – Redemocratização, promulgação da Constituição Federal de 1988, garantia do Ensino fundamental obrigatório e gratuito.
    • Lei 5691/91 – Novas reformas educacionais e inclusão novamente de Historia e Geografia como disciplinas independentes na Matriz curricular em todas as séries do Ensino Fundamental.
    • 1996 – Promulgação da LDB 9394/96 que reorganiza o Ensino Nacional em Educação Básica (Ensino fundamental Ciclo I e Ciclo II, Ensino Médio) e Ensino Superior.

Alguns comentários sobre a Cronologia 

 A História da educação no Brasil está fortemente ligada à educação católica. No XVI, vigorava em Portugal uma estreita união entre a Igreja e o Estado. Em ordem cronológica o ensino de historia no Brasil inicia-se na metade do século XVI (período do iluminismo), mais precisamente no ano de 1759 quanto os jesuítas (membros da educação brasileira) foram expulsos de todas as colônias portuguesas, no período em que estiveram no Brasil Colônia a história ensinada até então era o conhecimento histórico como catequese: aprender a moral cristã. Com a expulsão dos jesuítas, Pombal criou as aulas régias, com disciplinas isoladas, sem planos sistemáticos de estudos, até o início do século XIX, foi uma educação reduzida a praticamente nada.

 

Em 1837 o ensino de historia torna-se alternativo, é instituído com a criação do colégio D. Pedro II e a História do Brasil em 1855 para o curso secundário, posteriormente é desenvolvidos programas para ensinar historia nas escolas elementares (ensino fundamental).

 

Na metade do século XIX, a disciplina de historia passa a ser priorizada nos currículos escolares. Nas primeiras décadas do século XX, é percebida a importância e relevância do ensino de historia disciplina no currículo escolar.

 

Logo após a revolução de 1930 e a reorganização do Ministério da Educação os programas e as orientações metodológicas para o ensino da História foram dispostos por série e procurava abranger a História Geral do Brasil e da América, que vigorou até 1942, quando Gustavo Capanema mudou o currículo escolar introduzindo uma maior carga horária às matérias no Campo de humanidades, dando à História do Brasil certa autonomia em relação à História Geral.

 

A Constituição de 1967 introduziu algumas inovações no campo educacional, a disciplina de História perdeu espaço no currículo para as outras matérias.

 

Quando o Brasil chega à década de 70 o ensino de História - não bem vista aos interesses militares - foi substituído pela disciplina Estudos Sociais, que englobava História e Geografia.

 

No ano de 1969 houve a criação do curso de Licenciatura Curta de Estudos Sociais. A principal característica da nova modalidade de curso é que o professor estaria habilitado nas disciplinas de História e Geografia. Até fins da década de 1970, o estudo da História era vista e sustentado em uma perspectiva marxista.

 

Com a Constituição de 1988 o estudo da História nas disciplinas escolares começa a ser observado sob um novo olhar. O ano de 1991 inseriu grandes transformações no ensino fundamental, o ensino de História e Geografia passou a serem, disciplinas independentes no currículo do ensino fundamental.

 

Na década de 80 com o processo da redemocratização do país, o ensino de historia é recuperado. Com a promulgação da Lei das Diretrizes e Base (LDB) 9394/96, o ensino de História nas séries iniciais, onde a criança passa a ser capaz de entender a História como conhecimento, como experiência e prática de cidadania.

 

 

Tema 4: Objetivos do Ensino de Historia

 

O ensino de História não pode ser restrito à memorização de fatos, forçando os alunos a informarem detalhadamente apenas aspectos factuais da história e seus grandes personagens. A História não é, e nem pode ser, consensual, ou seja, não é possível que todos enxerguem o mesmo fato sobre a mesma perspectiva. Compreender e interpretar as várias versões de um fato deve ser o objetivo principal do ensino de História, de modo que o aluno seja capaz de relacionar fatos passados com aspectos relevantes do presente, e com isso, auxilie na construção de sua própria identidade como sujeito histórico. Assim como seu conteúdo, os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) indicam quais são os objetivos principais em cada ciclo;

 

  • Objetivos para o Ciclo I: Tem como objetivo analisar, refletir e conscientizar o aluno a partir da realidade vivenciada por ele. Conhecer o passado permite ao aluno construir significações sobre a sua identidade, sua localidade, sua cultura, sua língua, sua religião e seus costumes de forma geral. Não basta somente mostrar, é preciso que o aluno aprenda, já que o objetivo principal do ensino da história nesse nível está relacionado à construção de sua identidade. No ciclo I os alunos precisam reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais.
  • Objetivos para o Ciclo II: Reconhecer as relações sociais, políticas, econômicas e culturais de sua localidade com outras localidades, perceber a ascendência e a descendência de pessoas do seu convívio bem como formar o pensamento capaz de estabelecer uma abordagem crítica da realidade na qual ele está inserido.

 

  

Tema 5: Perfil do Docente de Historia

 

“O perfil que o professor de história deve assumir é a tarefa urgente de formar nos alunos a consciência de que eles são agentes da historia, e como tal, podem mudar a realidade”.

 

  • Habilidade: habilidade é a técnica (tekné) que o indivíduo possui para realizar algo. Nesse sentido, a expressão “habilidade técnica” seria um pleonasmo.

 

  

  • Competência: Significa um conjunto de habilidades, conhecimentos, vivências e até mesmo talentos, mobilizados para a realização eficaz de determinada ação ou tarefa. “uma capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situações (Perrenoud, 2010)”

 

 

 

  • Competências e Habilidades do Docente de Historia: - Compete ao profissional docente de história:
    • Ensino e pesquisa: estar apto a conduzir ações tanto de ensino quanto de pesquisa junto a seus alunos;
    • Trabalho em equipe: ser capaz de incentivar seus alunos a trabalharem em equipe;
    • Teoria e prática: saber demonstrar a indissociabilidade entre teoria e prática;
    • Planejamento e Projetos: desenvolver atividades e projetos planejados de acordo com os objetivos gerais estabelecidos para o seu nível de atuação;
    • Postura dialógica: estabelecer relações democráticas com os alunos a fim de incentivar o diálogo, a participação e o protagonismo dos seus alunos;
    • Conhecimentos prévios dos alunos: identificar, respeitar e aproveitar os conhecimentos prévios dos alunos é condição fundamental para o processo de identidade que se pretende construir com os alunos.

 

 

 

Considerações gerais do professor

 

A história, muito mais que o registro dos fatos e dos personagens, é o registro da identidade de pessoas concretas, indivíduos reais que de uma forma ou outra interferiram na realidade em que existiram. O fato histórico não é unânime, mas sim uma interpretação de quem o narra. Nesse sentido, o sujeito histórico não é somente o Herói, mas todo aquele que existe, em um tempo e lugar determinados. Conhecer os sujeitos do passado nos revela a nossa própria tradição identitária, sem a qual não nos reconhecemos como sujeitos do mundo.

 

No ensino fundamental (Ciclo I e II), a construção da identidade deve nortear todas as atividades curriculares e todas as ações docentes uma vez que a construção no aluno, do sujeito histórico, é a finalidade última dessa etapa da formação para o historiador.

 

Para tal, é fundamental que o profissional docente seja capaz de mobilizar habilidades diferenciadas e inovadoras para o desempenho de práticas democráticas de ensino e pesquisa que revelem a indissociabilidade entre teoria e prática.

 

  

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOS TEXTOS

 

Tema 03: História do Ensino de Historia

 

BITTENCOUT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 9ª ed. - São Paulo; Contexto, 2004.

 

Material Mediacional de Historia. POSITIVO, 2006

 

MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO: Projeto de Estruturação do Curso Normal Superior, maio 2000, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212

 

______ Lei de Diretrizes e Bases da Educação 5.692 de 1971.

 

______ Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 1996.

 

MOURA, Laércio Dias de. A educação católica no Brasil. São Paulo: Loyola, 2000.

 

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. História e Geografia – ensino de primeira a quarta série. Brasília. MEC/SEF, 1997.

 

  

Tema 04: Objetivos do Ensino de historia

 

BEZERRA, Holien G. Ensino de história: conteúdos e conceitos básicos. São Paulo: contexto, 2003.

 

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. História e Geografia – ensino de primeira a quarta série. Brasília. MEC/SEF, 1997.

 

POSITIVO, Sistema integrado de Educação.  Material Mediacional de Historia. 2006.

 

 

Tema 05: Perfil do docente de historia

 

KARNAL, Leandro (org.). História em sala de aula - conceitos, práticas e propostas. 3ed. – São Paulo: Contexto, 2005

 

PENTEADO, Heloisa Dupas. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1995

 

ROCHA, M.S.P.M.L. A constituição social do brincar: Modos de abordagem do real e do imaginário no trabalho pedagógico. Dissertação de Mestrado, UNICAMP, (1994).